A crise sem precedentes pela qual passa Minas Gerais tem atingido em cheio os hospitais filantrópicos do estado.

Somente por parte do governo do estado, a dívida com esses hospitais chega a R$ 250 milhões. O atraso nos repasses acontece desde o ano passado.

As soluções têm sido a suspensão das internações e dos procedimentos, com alguns leitos ficando, inclusive, ociosos. Para outras instituições, o caminho tem sido a obtenção de empréstimos bancários.

Minas tem atualmente 314 filantrópicos. Em 2014, eram 326. O fechamento dessas instituições tem um enorme impacto na saúde pública já que, muitos desses hospitais, atendem exclusivamente pelo SUS.
Em Belo Horizonte, capital do estado, a situação é tão grave quanto no interior, nos dez hospitais filantrópicos da cidade.

O Hospital da Baleia, por exemplo, vive a pior crise dos seus 72 anos e acumula uma dívida de R$ 60 milhões e, infelizmente, já estuda reduzir o percentual de atendimentos pelo SUS e até mesmo o fechamento de alguns leitos.

Na Santa Casa de Belo Horizonte, a situação também é complicada e a instituição tem mantido 385 de seus 1.085 leitos vazios. Foi um corte de 30% em exames e internações e está em estudo a suspensão de serviços importantes, como transplantes e hemodiálise.

A dívida do Governo de Minas com a Santa Casa supera R$ 13 milhões.

É uma situação insustentável. E sem perspectivas de melhora, já que fica muito claro que saúde não é prioridade para o governo do estado.

Precisamos de uma grande união para cobrar e pressionar o governo mineiro a tomar conta da saúde. Não podemos conviver com esse caos, esse completo abandono.